Uma partida inesperada...

Por que nem sempre conseguimos nos despedir de quem parte? Seria melhor? Ou mais doloroso? Essa não sei responder, é difícil avaliar. Se for parente muito próximo, acho que nos sentimos melhor com a despedida. Se não for tão próximo, talvez seja melhor guardar na lembrança os bons momentos com essa pessoa. Difícil é esquecer os "papos", diálogos, brincadeiras, gargalhadas, os telefonemas cheios de bom humor. E as tentativas de trote, como se fosse possível não reconhecer essa voz tão familiar, tão brincalhona, tão risonha. Lembro da dificuldade que eu tinha pra você me ensinar a instalar algo no pc, rsrss, você ficava nervoso, mas não desistia. Das muitas vezes em que ficávamos eu, você e seu filho na cam e no pc, era divertido, vendo a sua família passando e brincando com todos, tempo que não volta mais. Depois das esperanças de um transplante de fígado, pelo qual todos torciam fervorosamente, a decepção de uma rejeição...peraí, ele não rejeitou de propósito, foi só uma armadilha da vida...por que ele não pode tentar de novo? Por que nem sempre temos uma segunda chance? Um jovem senhor não deveria ir assim, sem uma chance de uma nova tentativa, alguém tão alegre, cheio de vida, humor, inteligência, ainda tanto pra realizar e fazer, tanto pra aprender...coisas da vida, coisas de Deus. Vá com Deus, querido amigo, tome a mão Dele e o siga, você merece o melhor. Não esqueça dessa amiga que gostava tanto de você e de quem você gostava também, fomos amigos quase irmãos por uns oito anos. Pouco tempo pra tanta amizade? Não acho, éramos amigos camaradas, mesmo morando distantes um do outro, a família dele era minha amiga, assim como a minha família também. Vá com Deus, amigo, você foi uma das pessoas mais alegres que conheci, com um estado de alma infantil e quase inocente. Não te esquecerei, sei que não me esquecerá também. Plagiando o poeta, um dia , quem sabe, a gente vai se encontrar...

Nada de morrer agora...

Quem disse que essa é a hora? Não pode, ainda tanto a realizar...é a hora errada. Tanto para viver, fazer, passar, perder, ganhar. Injustiça, ainda tanto chão para percorrer...necessário sentir-se vivo, ativo, inteiro, alegre, risonho, com propósitos sérios e certos. É cedo, mais tempo...sabemos que a vida é curta, mas não precisa necessariamente ser curta demais! Acho que nunca acharemos que é o tempo é suficiente, a não ser que se seja bem idoso e os propósitos já perderam o sentido. Mas quando a gente se sente jovem ainda, com energia e alegria de viver, e tantos planos a realizar, fica complicado aceitar uma partida repentina. Não que isso também adiante, porque quando chega a hora, nem esperneando resolve. Mas quando se é contestador, vale um protestozinho, uma rebeldia nos recorda a juventude, e refresca nossa fronte, faz ferver de novo nosso sangue, e nos prova que estamos mais vivos do que nunca! A vida andava realmente sem graça, sem viço, sem nenhum brilho, mesmo assim, ainda tanto a fazer...por que uma doença? Para assustar, acordar, agitar? Serve para rever conceitos, modo de vida, hábitos ruins, coisas a se jogar fora, aquelas desnecessárias, ou que fazem mal. Viver é bom, passar a viver ainda melhor, fazer o bem, valorizar a vida e tudo que faz bem...viver é maravilhoso, querer viver, então, hummmm, é bom demais!

Um sonho estranho...

Hoje vou contar  um sonho, coisa rara de me lembrar. Acordei com ele todinho na mente. Ele veio inteiro para mim, e a história, meio absurda. Um grupo grande de andarilhos, claramente ciganos, apareceu na minha casa, que mais estranhamente, era no campo, tipo uma fazenda, um sonho realizado! Eles vieram, homens, mulheres e  crianças, mas as mulheres estavam todas vestidas de roupas masculinas, segundo eles, para não chamar a atenção. Vieram comemorar o aniversário de uma filha, que completaria 15 anos dali a poucos dias. Ela queria comemorar mais ou menos à moda dos não ciganos, com algum tipo de valsa e tudo. Armaram barracas no nosso quintal, para esperar o dia da festa tão aguardada. Ah, sim, e falavam outro idioma, eram provavelmente da Ucrânia, talvez Polônia. Quem sabe Hungria? Só sei que era difícil entendê-los, e eles, a nós. Alguns entendiam melhor, outros menos. Tinham com eles um menino de uns 4, 5 anos, muito irriquieto, e toda a tribo tomava conta dele, visto que ele não parava um minuto. Era uma constante preocupação o comportamento dele. Bem, no dia do aniversário da jovem, todas as mulheres tomaram banho, colocando as suas melhores roupas, tirando os trajes masculinos, revelando assim, a extrema beleza da maioria. Os homens também colocaram suas roupas mais belas, era lindo se ver aquelas cores berrantes em forma de trajes típicos, algo muito interessante e alegre. A aniversariante estava lindíssima, uma princesa, com suas saias rodadas. Nos chamaram para participar de tudo e foi maravilhoso, pena ser um sonho e não, realidade. À meia-noite, ela dançou junto com os outros algo como uma valsa improvisada, uma dança diferente. Depois disso, acordei, uma pena, eu queria ver como terminava o sonho, mas acordei mesmo assim. Nem sei o porque do menino levado, aquelas coisas de sonho, que não se explicam. E ainda acordei com uma dor de cabeça forte, como se tivesse passado a noite acordada, assistindo à festa. Coisas de sonho, que por mais que nos deixem sem respostas, sempre são agradáveis de se ver...só não são agradáveis quando são pesadelos. Foi um sonho de belas cenas e muito alegre. Obrigada, meu Deus, por ainda me dar a oportunidade de sonhar com algo tão belo!

Não se engane, vigie...

Não deixe o baixo astral te pegar, é tão fácil ele dar as caras...assim que ele aparecer, mande-o embora! Não o deixe entrar, bata a porta na cara dele, sem dó nem piedade! Quando nem tudo está bem, então, é um perigo. Se você sentir pena de si mesmo, ele se instala. Fica à vontade, se sente o dono da situação, não permita! Entra, puxa uma cadeira, coloca os pés na mesinha de centro, se torna um problemão. Quando sentir que ele está querendo chegar, corra e faça as coisas que gosta, ouça as "suas" músicas, leia um livro que adora, converse com pessoas alegres, pessoalmente ou por telefone, nada de msn, pelo bom e velho "graham bell" mesmo, aquele antigo e querido amigo. Serve ver um filme engraçado, ir ao shopping olhar as vitrines, sair dirigindo sem rumo certo, vale tudo que te agrade. A vida é tão curta e corrida, para que perder tempo se lamentando e chorando? É um atraso, deixemos a tristeza nos alcançar somente nos momentos realmente tristes, aqueles que não se pode evitar. Fora isso, se está tristinha porque está meio sem grana, teve uma pequena discussão com um colega de trabalho, sua irmã disse que seu namorido é feio, sai dessa, não abra o berreiro nem fique furiosa, e sim, distraia a mente com as coisas preferidas, e depois de uma boa noite de sono, você já esqueceu, e a vida entra nos eixos. Não vale a pena sofrer por pouco, melhor aproveitar os bons momentos e deletar os mais ou menos. Sorria muito, viva muito, aproveite tudo! Até os maus momentos, use como lição de vida...um bom dia!